Sabe quando você pode olhar e não sentir culpa pelo que já
passou? Sentir um alivio de tudo o que aconteceu (mesmo não sendo o melhor), e
saber que foi a melhor coisa que aconteceu. Já se foram quase 365 dias, você
consegue pelo menos se recordar de 50 dias especiais?
Não adormeci rapidamente esta noite passada. Fui dominada
por uma nostalgia de recordações e memorias das poucas coisas boas que
realmente aconteceu na minha vida. Mas ao mesmo tempo em que as coisas boas vieram
às más também rodearam a minha mente. Um 2014, cheio de magoas, saudades,
ressentimento e amadurecimento. Como eu pude amadurecer assim, tão de repente?
Fui ontem (eu juro!), eu estava a planejar o meu primeiro beijo na escola, ou
até mesmo em duvida qual seria a nova cor da minha bicicleta (que eu teimava em
chamar de ‘lacraia’). Como tudo pode ter mudado assim, tão rápido? Comparo a
minha adolescência, com a da minha irmã menor, e me coloco a pensar em como
será o tempo que está por vir. Qual será as melhores opções a seguir em um
futuro breve?
Gostaria de confessar uma coisa; Eu não queria crescer. Se
pudesse, voltaria há um passado breve, onde tudo era muito pratico. Não consigo
ser consumida por completa por essa correria maluca que é o presente. Mal durmo
já acordo. Mau acordo, já trabalho. Já trabalho, e já estou em casa planejando
uma boa noite de sono. Mal planejo a noite de sono, logo tenho a insônia. E assim inicia a minha canseira diária.
Um pequeno balanço sobre 2014 me faz dizer que foi um bom
ano. Mas poderia (notoriamente) ser bem melhor, mais produtivo e com maiores
realizações. (Querido diário. Não foi
este ainda o ano no qual fiquei rica.) Porém, foi um ano muito significativo,
cheio de bobices maravilhosas das quais nunca me esquecerei. Gostaria de deixar
frisado, que encontrei o verdadeiro amor da minha vida, e me apaixonei
perdidamente. Demorei um pouco a encontrar, mas descobri que o verdadeiro amor
da minha vida, chama-se EU. A partir do momento que eu aprendi a me amar,
percebi que os outros amores, são só os outros. E que eu mesma, posso ser tão
dona de mim, quanto esses amores veraneios avassaladores que insistem em bater
na porta.