30 de dez. de 2014

Vejo que valeu a pena


Sabe quando você pode olhar e não sentir culpa pelo que já passou? Sentir um alivio de tudo o que aconteceu (mesmo não sendo o melhor), e saber que foi a melhor coisa que aconteceu. Já se foram quase 365 dias, você consegue pelo menos se recordar de 50 dias especiais?
Não adormeci rapidamente esta noite passada. Fui dominada por uma nostalgia de recordações e memorias das poucas coisas boas que realmente aconteceu na minha vida. Mas ao mesmo tempo em que as coisas boas vieram às más também rodearam a minha mente. Um 2014, cheio de magoas, saudades, ressentimento e amadurecimento. Como eu pude amadurecer assim, tão de repente? Fui ontem (eu juro!), eu estava a planejar o meu primeiro beijo na escola, ou até mesmo em duvida qual seria a nova cor da minha bicicleta (que eu teimava em chamar de ‘lacraia’). Como tudo pode ter mudado assim, tão rápido? Comparo a minha adolescência, com a da minha irmã menor, e me coloco a pensar em como será o tempo que está por vir. Qual será as melhores opções a seguir em um futuro breve?
Gostaria de confessar uma coisa; Eu não queria crescer. Se pudesse, voltaria há um passado breve, onde tudo era muito pratico. Não consigo ser consumida por completa por essa correria maluca que é o presente. Mal durmo já acordo. Mau acordo, já trabalho. Já trabalho, e já estou em casa planejando uma boa noite de sono. Mal planejo a noite de sono, logo tenho a insônia.  E assim inicia a minha canseira diária.

Um pequeno balanço sobre 2014 me faz dizer que foi um bom ano. Mas poderia (notoriamente) ser bem melhor, mais produtivo e com maiores realizações. (Querido diário.  Não foi este ainda o ano no qual fiquei rica.) Porém, foi um ano muito significativo, cheio de bobices maravilhosas das quais nunca me esquecerei. Gostaria de deixar frisado, que encontrei o verdadeiro amor da minha vida, e me apaixonei perdidamente. Demorei um pouco a encontrar, mas descobri que o verdadeiro amor da minha vida, chama-se EU. A partir do momento que eu aprendi a me amar, percebi que os outros amores, são só os outros. E que eu mesma, posso ser tão dona de mim, quanto esses amores veraneios avassaladores que insistem em bater na porta.